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sexta-feira, julho 01, 2005

Para o partido socialista, o que lhes tooca nada é grave.



Oposição indignada com erro do relatório
O PSD e o CDS dizem que a gralha detectada no relatório da Comissão Constâncio que analisou a situação das contas públicas é grave. O BE salienta a necessidade da criação de um Instituto de Contas Públicas para haver mais transparência. O PS desvaloriza.
( 15:58 / 01 de Julho 05 )
Um erro grave que afecta a credibilidade do documento e a recuperação da economia. É desta forma que a oposição analisa a situação que veio a público sobre o relatório Constâncio.
O jornal Público revelou a existência desta gralha no quadro das cativações da despesa do estado que depois de corrigida faz descer o défice previsto dos 6,83 anunciados pelo governo para 6,72.
O Banco de Portugal já admitiu a existência deste erro mas garante que se mantém a previsão do défice.
Miguel Frasquilho do PSD considera que este erro é inaceitável num relatório que prometia ser imaculado.
«Este erro abre a porta para que as pessoas tenham cada vez mais dúvidas sobre a credibilidade das nossas contas públicas. Será que os outros números estão certos?», interrogou.
CDS-PP aponta falta de rigor
As críticas do vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata são partilhadas pelo CDS-PP.
Pires de Lima considera a situação caricata já que Vítor Constâncio foi vítima da falta de rigor que apontou aos anteriores governos
«É evidente que afecta o rigor e a credibilidade do próprio relatório e a figura com que o governador do Banco de Portugal procurou entrar nesta encenação, porque ele acaba por ser vítima da falta de rigor que apontou aos governos anteriores», adiantou.
«Mas o principal problema em termos de diagnóstico está no controle da despesa corrente, de facto o Orçamento Rectificativo (OR) não dá resposta de forma nenhuma às preocupações que o próprio relatório Constâncio apresentou e nesse sentido creio que a avaliação da situação em termos de necessidade de controle da despesa e de reactivar a actividade económica não tem qualquer resposta positiva com este OR», acrescentou.
BE quer Instituto das Contas Públicas
Também o Bloco de Esquerda já veio criticar o erro admitido pelo Banco de Portugal.
O bloco diz que esta situação vem mais uma vez mostrar a necessidade de criar um Instituto das Contas Públicas que acabe de uma vez por todas com as dúvidas sobre a situação real do país.
«As contas públicas portuguesas estão a tornar-se uma confusão interminável. Faltam 4 mil milhões de euros no Orçamento actual, feito por Bagão Félix, o Orçamento Rectificativo tem um mapa errado, há uma pequena gralha nas contas do Banco de Portugal, é preciso dar garantia e transparência às contas públicas», adiantou.
Para Francisco Louçã um Instituto de Contas Públicas «daria mais garantias para termos a certeza de que as contas afinal, nove fora zero, batem certo».

PS desvaloriza
Guilherme d'Oliveira Martins, do PS, considera que a gralha no relatório Constâncio não tem qualquer importância.
Por sua vez, também o dirigente socialista António Vitorino desvalorizou a existência de uma "gralha" no relatório da comissão liderada pelo governador do Banco de Portugal, que terá aumentado a estimativa do défice para este ano em 0,11 por cento.
«Não vou entrar num discussão de uma décima, porque o importante são as medidas do Governo e os valores constantes no Programa de Estabilidade e Crescimento (2005/2008) entregue em Bruxelas», respondeu António Vitorino.