Porque é que acontecem estas coisas? há razão?
Isaltino Morais acusa Expresso de lhe mover «uma campanha» O ex-autarca social-democrata Isaltino Morais acusou este sábado o semanário Expresso de estar a mover «uma campanha» contra si desde que manifestou a intenção de se candidatar como independente à Câmara de Oeiras. «O Expresso não tem feito outra coisa nos últimos meses, todos os fins-de-semana, do que publicar notícias falsas, chorrilhos de mentiras e falsidades, pelo que é indiscutível que está numa posição de ataque e não numa atitude de informação», disse Isaltino Morais em declarações à agência Lusa. «Só pode ser uma campanha contra mim«, adiantou. Fonte próxima do ex-autarca disse à Lusa na quinta-feira que Isaltino Morais foi informado «há cerca de três semanas» da decisão do Ministério Público de o constituir arguido no âmbito de um processo que envolve contas bancárias suas na Suíça. Depois de ter presidido à Câmara de Oeiras durante 16 anos, Isaltino Morais assumiu as funções de ministro das Cidades e do Ambiente no executivo de Durão Barroso, das quais se demitiu em Abril de 2003 na sequência da divulgação da existência de contas bancárias na Suíça que não terão sido declaradas ao fisco e ao Tribunal Constitucional (obrigatório em caso de detentores de cargos públicos). De acordo com a manchete da edição de hoje do semanário Expresso, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal está a investigar licenças atribuídas pela Câmara de Oeiras a construtores civis durante a gestão de Isaltino Morais, por suspeitas de «branqueamento de capitais e corrupção passiva». Isaltino Morais sublinhou ainda à Lusa que «deve ter revolvido as entranhas ao Expresso, o ter de publicar hoje na primeira página ao lado de uma manchete como esta» uma sondagem que lhe dá presentemente uma vantagem de quatro pontos percentuais nas intenções de voto sobre a actual presidente de Oeiras, Teresa Zambujo, que se recandidata apoiada pelo PSD. «Apesar da campanha contra mim, o povo sabe», disse. Por outro lado, o ex-autarca social-democrata afirmou que «já disse o que tinha a dizer» relativamente à notícia hoje divulgada pelo Diário de Notícias que, citando fonte oficial da Procuradoria-Geral da República, revela que a investigação do Ministério Público «tem carácter de urgência». De acordo com o diário, o processo de investigação deverá estar concluído antes das eleições autárquicas, previstas para Outubro. «Não fui eu quem disse isso. O jornal sabe mais do que eu», disse Isaltino Morais, acentuando que sobre este assunto «já disse o que tinha a dizer». «As notícias estão a sair agora que anunciei a minha candidatura e não antes», referiu, considerando que a intenção só pode ser afectar a sua «credibilidade». Na apresentação da sua candidatura como independente a presidente da autarquia de Oeiras, quinta-feira, Isaltino Morais considerou «uma estranha coincidência» ter sido constituído arguido em plena pré-campanha eleitoral num processo que começou a ser investigado «há cinco anos». Diário Digital / Lusa 02-07-2005 12:58:00
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