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quinta-feira, março 22, 2007

A crise iminente no PSD


( Será verdade o que está a acontecer nos nossos partidos??Primeiro CDS, agora PSD dar mais força ao PS.Tudo pelo poder ???)
»»Coment.deJAMS


Pedro Santana Lopes poderá ter desencadeado ontem uma ruptura com Marques Mendes. Ao intervir inesperadamente no debate parlamentar sobre as contas públicas, para se defender das acusações de José Sócrates de que os dois ex-governos do PSD queriam a construção do novo aeroporto na Ota, o ex-chefe de Governo não só causou um nítido embaraço ao líder social-democrata, como criou condições para a desestabilização futura da sua liderança. “Isso [intervenção de Santana Lopes] não é bom para nós, mas também não é bom para ele”, sintetizou ao CM fonte próxima de Marques Mendes.
A crise iminente no PSD, a que Santana Lopes se tem referido com a expressão “divergências insanáveis”, foi detectada com precisão cirúrgica por Francisco Louçã, do BE: “O senhor primeiro-ministro é um homem de sorte”, afirmou no início da sua intervenção. E justificou porquê: “Começou o Governo há dois anos com dois partidos da Direita, agora não sabe se são três ou quatro”, numa alusão à crise no CDS-PP.
A intervenção de Santana Lopes resultou de uma forte troca de acusações entre Sócrates e Mendes por causa do aeroporto da Ota. “O que é inaceitável é que o sr. deputado enquanto Governo fosse a favor da Ota e agora só por ser da oposição defenda o contrário. Não me desmintam: esta era a posição do PSD”. E Marques Mendes ripostou: “O PSD não mudou de opinião, escusa de repetir uma mentira várias vezes porque ela não se transforma em verdade.”
Para reforçar os seus argumentos, o primeiro-ministro recordou declarações dos ex-ministros Valente de Oliveira e de Carmona Rodrigues dos governos anteriores do PSD. Santana não se conteve e pediu a Jaime Gama para falar: “De facto, constava do programa de Governo a decisão de prosseguir com os estudos, no sentido da construção do novo aeroporto internacional, ou não, e em que localização. As citações que o sr. primeiro-ministro fez de governos anteriores eu conheço-as e correspondem, obviamente, à realidade”.
Com estas palavras, Santana marcava o debate, por causa da imagem de divisão e desestabilização internas que transparecia no PSD. Ao que o CM apurou, Marques Mendes não gostou nada da intervenção do ex-presidente do PSD.
Sócrates acabou por sair mais uma vez triunfal do debate: colheu os benefícios da redução do défice para 3,9 por cento do PIB em 2006, graças à “redução da despesa corrente”, e anunciou que 3,3 por cento é a meta para a diminuição do défice em 2007, inferior aos 3,7 previstos.
fonte Correio da Manhã

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